No latim, existiam sete declinações e cada uma tinha sua função na língua. Uma, dentre elas, permaneceu na nossa língua com seu nome de origem: vocativo. O vocativo não está ligado à sintaxe da frase / relação sintática/ dependência sintática, por conta disso, é/ deve ser separado por vírgula.
Certo. Talvez, os
termos tenham ficado um pouco técnicos, embora eu espere a compreensão disso
tudo! O vocativo é o mesmo que chamar alguém, falar com alguém.
Lembre-se daquela pausa dramática quando a sua mãe não te escuta quando você
chama! Essa mesma!"Mãe, mãe, mãe, compra para mim? ”.
Como o Hagar fala
para seu filho e, consecutivamente, Hamlet se dirige ao seu pai, você está
falando diretamente com sua mãe, certo? Ela não é parte do que você quer, ela é
parte que vai – ou não – dar-te o que você quer. Ela não é o sujeito, mas
também não é o objeto/predicado, ela está acima, ela está além (ao infinito! –
opa).
Sua mãe é o “você”,
tal como, você, você mesma(o), é o tu para mim. Ou seja, a sua mãe é a
segunda pessoa do diálogo de quem vai ou não dar algo para você,
enquanto eu explico a você, minha segunda pessoa da conversa!
Equivalente a tirinha lá em cima, darei alguns outros exemplos:
“– Mamãe, cadê as compras? – Rose
questionou. – Não acredito que não fez compras hoje, vou falar com o papai!”
“– Ron, você pode me ajudar a
resolver isso?”
“– Harry, você pode me liberar
para eu resolver isso com a Hermione?”
“– Por que eu deveria, Ron? Estou querendo
ficar com a Gina desde semana passada, não é, amor?”
“Harry, você sabe que precisamos lidar
com as crianças antes e levá-las para comprar roupas novas...”
“Essa é a vida dos bruxos, pessoal!”
Chame sua mãe e
lembre-se que, na hora de comprar – ou não, ela é seu vocativo, tal como Hagar
e Hamlet fizeram ou os nossos queridos personagens de Harry Potter. Espero que
tenha ficado clara a nossa primeira dica!
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