As notas musicais
são cinco apenas, mas as melodias que com elas se podem compor são tantas que
nunca as poderemos escutar todas.
A Arte da Guerra,
p. 08
Existe poesia até na
guerra. Existe arte, sombreamento e decaimento. A guerra não é crua. Ela não é
fria. Nem mesmo fervente. Ela é morna, dividida em calamidades e resquícios de
esperança dos jovens, dos soldados e dos velhos, dos comandantes. A arte da
guerra, do saber guerrear existe. Esse livro demonstra isso com conselhos,
histórias e passo-a-passo de como não cair em completa desgraça. Sun Tzu diz,
mais de uma vez, que um bom general seguindo seus conselhos prosperará,
enquanto, ao contrário, o péssimo general não o ouvirá e cairá em ruína.
A palavra latina para “guerra”
era, na verdade, “bellum”. No entanto, no português, recebemos a variante
germana “werra”, que deu origem a palavra guerra em nossa língua (uma leve
discussão ou desentendimento, nada relacionado as proporções tomadas como o que
conhecemos por guerra atualmente). Algumas teorias conspiram que era,
justamente, porque não existia beleza na guerra. E nem arte. Nem nada. O livro
de Sun Tzu mostra o oposto.
Claro que deve ser
lembrado que Sun Tzu é um oriental e, como tal, não influenciou as relações do
ocidente naquela época, ao menos, é o
que parece e até onde sei, pois A Arte da Guerra foi uma obra usada até mesmo
por Napoleão Bonaparte, um excelente estrategista de guerra.
O livro em si são
diversos conselhos, alguns extremamente poéticos e outros incrivelmente
interessantes. Não é um livro encaminhado para o mundo dos negócios, porém é um
livro extremamente útil para estrategistas de guerra e escritores que planejam
trabalhar política, batalhas e, como dito propriamente e é título, a arte da
guerra. Embora seja de fácil leitura, a sua compreensão não é tão simples.
Inclusive, é um livro que foi traduzido primeiro para o francês e, depois, para
o português. Como tradução para outra e depois outra tradução, é complicado
avaliar. Infelizmente, não tive o prazer de encontrar uma tradução direta.
É um livro extremamente
brilhante, incrível e que, em treze passos, mostra ao leitor como ser um
excelente general ou até mesmo entender as pequenas nuances de guerra, por
exemplo, os problemas de comunicação, a bagunça do campo de batalha e os cinco
pontos mais importantes: a influência moral, a meteorologia, o terreno, o
comando e a doutrina.
Se não entendeu um passo,
volte, releia, absorva, entenda, reflita, contemple. É a experiência de um
verdadeiro general, ensinando aos outros como sê-lo melhor, como conseguir mais
sem nunca inflar o próprio ego ou o da própria gente. É um general que vê o
quão desastrosa é a guerra e diz, mais de uma vez, que ir para o confronto só
quando necessário; quando não, recua.
A guerra é um
assunto de importância vital para o Estado; o reino da vida ou da morte; o
caminho para a sobrevivência ou a ruína.
A Arte da Guerra,
p. 01
0 comentários:
Postar um comentário